Hemorróidas
Hemorroidas são dilatações dos vasos sanguíneos da região anal. Podem ser externas (na borda anal) ou internas (dentro do canal anal).
Geralmente são consequência de condições que levam ao aumento frequente da pressão na cavidade abdominal, sendo a principal a constipação intestinal crônica (“intestino preso”, dificuldade ou esforço para evacuar), relacionada à dieta pobre em fibras, obesidade, vida sedentária, pouca ingestão de líquidos, fatores genéticos ou hereditários.
Manifestam-se por sangramento anal durante as evacuações. Sangue vivo que pode ser percebido no papel higiênico ou que pinga no vaso sanitário, dor ou ardência durante a evacuação, saliências no ânus (“caroço” ou nódulo) ou coceira. O diagnóstico é feito através da história clínica e exame físico. Não são necessários exames de imagem para diagnóstico de hemorroidas. Algumas vezes poderá ser solicitada colonoscopia se houver dúvidas quanto à verdadeira origem do sangramento anal.
Tratamento
O tratamento depende do tamanho da hemorróida. As menores são tratadas clinicamente com mudanças na alimentação (diminuição de carboidratos, principalmente “industrializado” e alimentos com farinha, como massas, pães, etc), na higiene e perda de peso. Procedimentos minimamente invasivos como ligadura elástica podem ser suficientes para pacientes com hemorróidas pequenas, quando as medidas clínicas não eliminam os sintomas de sangramento e dor.
As maiores requerem tratamento cirúrgico (hemorroidectomia) que consiste da ligadura dos vasos comprometidos, com o objetivo de impedir a passagem do sangue por eles e seu consequente fechamento. As várias possibilidades técnicas visam controle dos sintomas, principalmente sangramento e prolapso (exteriorização de parte da mucosa do reto para fora do ânus).
As técnicas descritas há mais tempo, propõem a retirada da hemorroida (técnicas excisionais). Essas técnicas causam graus variados de dor (geralmente maiores que as técnicas mais recentes, que são menos invasivas), podendo deixar o paciente afastado de suas atividades pessoais e profissionais por vários dias, além de possíveis complicações em intensidade variada. Apesar disso, são métodos consagrados ao longo dos anos por serem eficientes e curativos.
Técnicas mais recentes se propõem a tratar as hemorróidas maiores com menor dor e diminuição do tempo de recuperação. Entre elas destaca-se o PPH (Procedure for Prolapse and Hemorroids) que faz um “grampeamento” com material cirúrgico circular da mucosa prolapsada diminuindo a circulação sanguínea nas hemorróidas e o THD (Transanal Hemorrhoidal Dearterialization) que oclui a circulação do sangue nas hemorróidas e diminui o prolapso por meio de sutura contínua desse tecido por dentro do canal anal.
O THD (Transanal Hemorrhoidal Dearterialization) é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, indicado para tratamento das hemorroidas e do prolapso anal (saída de excesso de mucosa do canal anal pelo ânus). Por atuar em área desprovida de terminações nervosas, esse método reduz de maneira importante a principal queixa do pós-operatório: a dor.
Com o uso de equipamento especial, um anuscópio (aparelho que permite a visualização da parte interna do ânus) provido de Doppler (espécie de sonar, capaz de identificar o fluxo de sangue pelas artérias), o cirurgião é capaz de identificar cada uma das artérias da região anal, e suturá-las. Uma sutura continua sobre o prolapso diminui seu tamanho. Essa técnica cirúrgica reduz o hiperfluxo nos vasos sanguíneos do canal anal e reposiciona a mucosa anal em seu local habitual. É uma técnica bem menos dolorosa quando comparada às outras, dependendo sempre do grau de sensibilidade do paciente. Alguns referem sensação de peso no ânus e vontade de evacuar constantemente. Isso ocorre pela recolocação da mucosa prolapsada no interior do canal anal, “enganando” o organismo e dando a sensação de presença de fezes. Os pacientes são orientados a não fazer força para evacuar, pois pode ocorrer ruptura dos fios e a mucosa do canal anal voltar a se exteriorizar. Essa sensação desaparece em poucos dias. O procedimento é realizado em centro cirúrgico. A anestesia geralmente é a raqui ou peridural, associada com sedação. Em média, a cirurgia leva de 30 a 60 minutos. Alta hospitalar é dada no dia seguinte ao da cirurgia, sendo que o paciente volta às suas atividades cotidianas cerca de 15 dias após a operação.
Encontrei o Artigo por coincidencia em uma pesquisa através
do Google. Interessante artigo
Muito obrigado Isabella!
Gostaria de saber de saber se você faz esse tipo de cirurgia THD.
E onde fica seu consultório.
]Tento achar uma solução menos demorada.
Olá Francisca, faço sim!
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